Missão Kepler

A Missão Kepler tem por objetivo encontrar planetas que possuam as características necessárias para abrigar vida.

A Missão Kepler teve início oficial em maio de 2014 e é uma missão de exploração do universo feita pela Nasa (Agência Espacial Norte-americana), que lançou a sonda Kepler para o espaço com a finalidade de observar planetas que orbitam estrelas muito brilhantes. A sonda deverá “seguir o rastro” da órbita da Terra ao redor do Sol para que nosso planeta não oculte possíveis corpos a serem observados. A missão tem previsão de quatro anos de duração.

Essa missão é intitulada de Kepler em homenagem ao astrônomo Johannes Kepler, que, no século XVII, deu enormes contribuições à ciência a partir de suas propostas conhecidas como leis de Kepler.

→ Objetivos da Missão Kepler

Segundo a Nasa, a missão possui os seguintes objetivos:

  1. Determinar a abundância de planetas com características semelhantes às da Terra, que sejam maiores ou menores que nosso planeta e que estejam à exata distância de uma estrela, de modo que possam ser considerados habitáveis;

  2. Determinar o tamanho e a forma das órbitas desses planetas;

  3. Estimar quantos planetas existem em sistemas múltiplos de estrelas;

  4. Determinar as características básicas dos planetas, tais como massa, densidade, tamanho, temperatura etc.;

  5. Identificar outros membros presentes nos sistemas solares;

  6. Determinar as características das estrelas que abrigam sistemas planetários.

→ Como os planetas são detectados pela sonda Kepler?

Os planetas são detectados a partir do fenômeno conhecido como trânsito planetário. Esse fenômeno ocorre quando, da perspectiva da Terra, um planeta a na frente da estrela que orbita, causando uma pequena diminuição de luminosidade que é capaz de sensibilizar o fotômetro (aparelho que mede a intensidade de luz) presente na sonda Kepler.

→ Características da sonda Kepler

A sonda Kepler foi lançada no espaço por meio do foguete Delta II. Ela abriga um fotômetro de aproximadamente 95 cm de abertura, possui espelhos de reflexão de 85% da luz incidente, um detector de aproximadamente 2200 x 1024 pixel e massa de 1 tonelada.

→ Resultados da missão Kepler

Em 2016, a Nasa divulgou que, a partir das observações feitas pela sonda Kepler, 4.302 possíveis planetas foram identificados. Destes, há 1284 que possuem chances de realmente serem planetas e que estão no foco da missão. Desses 1284, aproximadamente 550 são rochosos como a Terra e nove estão em zonas consideráveis habitáveis, tendo em vista a distância que orbitam seus sóis.

Em 2014, a descoberta do planeta HIP 116454b foi anunciada. Esse planeta possui um diâmetro 2,5 vezes maior que o da Terra, orbita uma estrela menor e mais fria que nosso Sol e leva nove dias para efetuar uma volta completa. A distância até a Terra é de 180 anos-luz.

Em 2015, o planeta Kepler-452b foi descoberto. Esse astro possui uma massa cerca de 60% maior que a da Terra, está a 1400 anos-luz do nosso planeta e possui uma posição em relação à sua estrela que favorece a existência de água no estado líquido.

A missão Kepler certamente trará inúmeros benefícios à ciência, proporcionando maior entendimento sobre os infinitos corpos celestes que estão espalhados por todo o universo.

Nessa ilustração, a Terra está ao lado do planeta Kepler 452-b, descoberto em 2015 por meio da sonda Kepler
Nessa ilustração, a Terra está ao lado do planeta Kepler 452-b, descoberto em 2015 por meio da sonda Kepler
Publicado por Joab Silas da Silva Júnior
Biologia
Doença de Parkinson
A doença de Parkinson ficou muito conhecida e relacionada aos tremores involuntários das mãos e à dificuldade em realizar alguns movimentos, mas o tremor das mãos nem sempre está relacionado à doença. Atualmente, a doença não tem causa conhecida. A degeneração de células nervosas específicas abaixa os níveis de dopamina, causando o conjunto de sintomas que conhecemos como doença de Parkinson ou mal de Parkinson.